Pesquisas em andamento

Mobilização social e enfrentamento de desastres ambientais em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense/RJ.

Descrição:

Os desastres relacionados às águas ocorridos no Brasil ampliaram as reflexões e as produções científicas sobre tais processos no âmbito das ciências sociais. Ao considerar os desastres como socialmente construídos, as dimensões sociais, econômicas, históricas, culturais e políticas são consideradas fundamentais junto aos aspectos biogeofísicos. Inerentes a tais aspectos, a ampliação dos diferentes impactos ocorridos nas cidades permeadas por desastres ambientais foi acompanhada pela presença de conflitos, mobilizações e protestos. Este projeto tem como objetivo identificar e analisar a emergência de processos de mobilização e organização dos atingidos, em contextos de desastres ambientais, para o enfrentamento e recuperação dos seus ambientes e da sua vida cotidiana no município de Campos dos Goytacazes/RJ.

A proposta metodológica conta inicialmente com uma pesquisa bibliográfica, documental e hemerográfica seguida de entrevistas com moradores das áreas afetadas, grupos focais, mapeamentos, seminários itinerantes e apresentação e debate dos resultados da pesquisa com os sujeitos pesquisados.

Coordenadora: Prof. Dr.ª Antenora Maria da Mata Siqueira 

Financiamento CNPq (Edital Universal 2018).

Bolsas de IC: FAPERJ (2020/2022); PIBIC (2020/2022); PIBIT (2021/2022).

Mobilização social e enfrentamento de desastres ambientais em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense/RJ: existência e resistência frente à ausência de direitos.

Descrição:

A importância de uma construção de conhecimento e de uma ação que tenha, efetivamente, a população afetada em seu centro ainda se apresenta como um desafio no campo dos desastres. É a partir desta perspectiva que se configura este projeto de pesquisa. A proposta se inscreve no estabelecimento de uma maior aproximação com a população  afetada pelos desastres, buscando compreender quem são os sujeitos concretos, as visões predominantes em relação aos desastres, assim como as formas de resistência encontradas para darem continuidade às suas vidas após o impacto. Encontra-se vinculado ao projeto mais amplo, denominado “Mobilização social e enfrentamento de desastres ambientais em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense/RJ”. 

Tem como proposta metodológica a realização de um estudo de caso, pautado em pesquisa, documental e hemerográfica no que tange à ocorrência dos desastres no município. 

Coordenadora: Prof. Dr.ª Adriana Soares Dutra 

Financiamento FAPERJ (Edital ARC 2019), Fomento à Pesquisa (Edital FOPESQ / UFF 2020).

Bolsas de IC: FAPERJ (2020/2022) e PIBIC (2020/2022).

Crítica social, cinema e ativismo ambiental

Descrição: 

Movimentos sociais, coletivos, profissionais “engajados”, dentre outros, recorrem à produção e/ou exibição audiovisual como forma de denúncia, disputa política de narrativas, mobilização, “conscientização”, etc. A pesquisa, de cunho antropológico, propõe analisar etnograficamente o chamado “cinema ambiental” na sua dimensão político-cultural de resistência e crítica social. Isto implica “pensar no filme além da tela” (Silva, Antropologia e Cinema, 2013), e para isso se realizarão, além da análise fílmica, entrevistas qualitativas com produtores, exibidores, público; observação participante durante sessões de exibição; e grupos focais com participantes do Cineclube SocioAmbiental Campos.

Coordenadora: Prof. Dr.ª María Gabriela Scotto.

Desenvolvimento sustentável, moralidades empresariais e imagens ´verdes´ nos dispositivos imagéticos das empresas de mineração.

Descrição: A noção de ´desenvolvimento sustentável´ longe de ser unívoca e ter um significado consensual, alude a campos conceituais e políticos diversos que recobrem representações múltiplas, as quais variam segundo os atores, estratégias e perspectivas em jogo. No caso da sua apropriação discursiva por grandes empresas atuantes no setor de mineração, o desenvolvimento sustentável é concebido – de forma um tanto imprecisa e genérica – como ´um marco de referência útil para guiar o setor mineral´. Marco referencial que articula, discursiva e simbolicamente, a atividade econômica da mineração (baseada na extração de recursos naturais não renováveis e finitos), a preservação ambiental, a preocupações sociais (sob a forma de ´responsabilidade social´) e os chamados ´sistemas de governança´. O objetivo da pesquisa consiste em analisar ? numa perspectiva antropológica – os dispositivos imagéticos (principalmente fotografias e vídeos institucionais produzidos por algumas das principais empresas de mineração atuantes no Brasil: Anglo American, Vale, Ferrous, INB, dentre as principais). Destinados a um público amplo e diverso, a maioria desse material visual constrói, sob a noção de Desenvolvimento Sustentável, narrações sobre as contribuições da mineração para a sociedade, para o Planeta, e para as comunidades locais onde a empresa atua. Ao mesmo tempo em que se apresentam perante a sociedade como sujeitos econômicos e morais, os dispositivos imagéticos desempenham um papel ativo na construção de imagens e representações sobre a ´natureza´ e o ´meio ambiente´.

Coordenadora: Prof. Dr.ª María Gabriela Scotto.

A questão social vista a partir dos sujeitos que a ela resistem em Macaé desde a instalação da Petrobrás na cidade.

Descrição: Tendo como base o processo histórico de industrialização da região do petróleo no norte fluminense, a partir da na instalação da Petrobrás em Macaé, observar os movimentos sociais que resistiram ao processo na cidade. O critério para selecionar as expressões da resistência serão as pautas referentes ao processo de urbanização e meio ambiente. Com isso apresentar uma leitura atualizada das expressões da questão social, recortada em seu componente político, os sujeitos que resistem as desigualdades produzidas por esse processo do desenvolvimento capitalista. Nesse sentido é muito relevante um aprofundar um olhar sobre esses movimentos sociais que não só resistiram ao processo, mas que apontavam outras novas possibilidades que não uma cidade submetida à indústria do petróleo.

Coordenador: Prof. Ms. Matheus Thomaz da Silva

Dinâmica socioambiental e capacidade institucional dos municípios do norte fluminense na provisão de serviços coletivos.

Descrição: Este projeto tem o objetivo de analisar o quadro da provisão de serviços coletivos urbanos, em especial os serviços de saneamento básico relacionados ao abastecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios do norte fluminense, sob a ótica da capacidade institucional. A proposta metodológica conta com levantamento de dados a partir de fontes secundárias, análise documental, mapeamentos temáticos, entrevistas e pesquisa bibliográfica sobre os conceitos e estudos empíricos relacionados ao tema. Tal proposta se vincula a um projeto mais amplo sobre a governança urbana e os desafios institucionais para o desenvolvimento urbano do Estado do Rio de Janeiro que visa diagnosticar a realidade dos municípios fluminenses, a partir da análise das condições do desenvolvimento urbano, da capacidade e do desempenho institucional municipal, considerando os desafios para execução das políticas urbanas por parte dos municípios no contexto do federalismo brasileiro e na perspectiva da justiça ambiental.

Coordenadora: Prof. Dr.ª Érica Tavares da Silva Rocha

Risco e Sustentabilidade Ambiental nas Metrópoles Brasileiras.

Descrição: Para contribuir no avanço das análises dos impactos observados e projetados da mudança do clima no território nacional, o objetivo deste projeto busca apresentar um quadro compreensivo das condições ambientais das metrópoles brasileiras, bem como subsidiar a elaboração de estratégias e ações para a mitigação de riscos ambientais relacionados às mudanças climáticas para setores públicos e privados. Esta meta será alcançada pela coleta, sistematização e processamento de dados relativos às principais dimensões que compõem o debate acerca da sustentabilidade urbana e regional, dentre elas: o risco ambiental considerando os aspectos de suscetibilidade a desastres naturais, a vulnerabilidade social, os arranjos institucionais responsáveis por ações adaptativas, assim como o potencial de desenvolvimento de um ambiente construído mais sustentável.

Coordenadora: Ana Lucia Britto